sábado, 23 de abril de 2011

A páscoa e seu verdadeiro significado (Mt.26:17-20;At.15:29)

A Festa da páscoa faz parte de um calendário de festas ordenadas por Deus ao seu povo Israel e áqueles constituídos seu povo por Yeshua. Elas devem desaguar no Messias, como alerta o apóstolo Paulo aos crentes de Colossos: “Ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de Festas, ou de lua nova, ou de Sábados, que são sombras das coisas vindouras, mas o corpo que é do Messias. (Col. 2:16-17).
Tais festas estão mencionadas em Levítico 23 e praticadas na igreja do primeiro século:

Festa dos Sábados – Shabat; Páscoa – Pêssach; Pães ázimos (sem fermento) – Hamêtz; Festa das Primícias – Bicurim; Pentecostes – Shavuôt; Festa das Trombetas – Rosh Hashaná; Festa do Perdão – Yom Kipur; Festa dos Tabernanáculos – Sucôt.

Vemos, por exemplo, Jesus celebrando a Festa da Páscoa com os discípulos em Lucas 22:13. Paulo ordenou aos crentes gentios de Corinto que celebrassem a mesma festa (I Co.5.7). Vemos em Atos 20:16, Paulo apressando-se para ir a Jerusalém celebrar a Festa de Pentecostes; e Jesus, novamente em Jo. 7:37-38, participando da Festa dos Tabernáculos, além de celebrar o Shabat semanalmente ( Lc 4:16).

As festas bíblica são também proféticas, porque falam sobre o Messias. Enquanto as 4 primeiras Festas (Páscoa, Pães Asmos, Primícias, e Pentecostes) falam do Messias ressurreto, as três últimas (Trombetas, Yom Kipur, e Tabernaculos) falam do Messias que há de voltar e reinar no Milênio.

A FESTA DA PÁSCOA - HAG PÊSSACH

É a primeira festa fixa do ano no calendário judaico. Pêssach significa “passar por cima”, Começa na noite do dia 14 de Nissan. É a festa da libertação de Israel da escravidão do Egito( Ex 12: 14). Foi no primeiro dia da festa dos pães asmos que Jesus celebrou a páscoa com os seus discípulos e instituiu a Santa Ceia (Mt.26.17-20). Mas, que significa a páscoa para nós:

1. O sangue do cordeiro passado nos umbrais e nas vergas das portas das casas significa para nós “nascer de novo”, recebendo o perdão pelo sangue do cordeiro (Rm5:8-9). As portas de entrada da nossa vida, audição, olfato, tato, paladar, estão protegidas;

2. Comer o cordeiro significa tê-lo dentro de nós, habitando em nós (ICo.2:6). (não coelho, ovo ou chocolate). Trocamos o cordeiro morto pelo cordeiro ressurreto (Ap. 5.9-13);

3. Significa sair do “Egito”, que representa o sistema do mundo e entrar no sistema divino, através do Cordeiro Pascal, Jesus o nosso Salvador e Senhor, tema principal de Páscoa. (Jo. 1:29, I Co. 5: 7-8).

4. Na Festa da Páscoa, o Senhor passa estabelecendo juízo aos deuses (demônios locais) (Ex. 12:12). Aqui reafirmamos: Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém. (Romanos 11:36).

A páscoa, portanto, representa a consciência do novo nascimento em Jesus, o Messias, e libertação da escravidão do pecado.

Shalom em Yeshua, o Messias

Pr. Carlos Tolentino

Local e tempo não mudam os planos do Eterno

“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.

Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,
Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Romanos 8:28,38,39).

Não há circunstâncias temporais ou locais que possam nos tirar de perto do Senhor, do seu propósito ou da missão para qual ele nos chamou. Todas as experiências vividas contribuirão para servirmos melhor ao Senhor. Adversidades nos aproximam mais de Deus e nos preparam para cumprirmos melhor a missão para a qual fomos comissionados.
Temos muitos exemplos que reforçam esta tese e nos animam a não nos desesperarmos diante de momentos difíceis e inesperados.
Moisés estava num deserto cumprindo uma “pena” por erros cometidos, mas Deus não desistiu de usá-lo numa grande missão. Não importa o tempo de sofrimento, ele vai passar. Não importa o tempo de deserto, Deus nos tirará de lá e nos levará à terra de Canaã, terra que mana leite e mel. Levará ao suprimento de todas as necessidades. Não desistamos de Deus. Não nos separemos do seu amor.
O ódio e injustiças dos irmãos de José não impediram que ele permanecesse perto do Senhor e cumprisse o seu propósito. No fundo do poço, na casa de Potifar, injustiçado e abandonado no cárcere, no esquecimento pelo copeiro a quem ele ajudou, não o impediram de ser abençoado e abençoar, cumprindo o propósito de Deus de ser o Governador do Egito. “Deus abre portas, onde não tem portas”. Jó não desistiu de Deus e dos seus planos, apesar do sofrimento cruel. Ele disse: “Nenhum dos seus planos será frustrado”. “O Senhor deu, o Senhor tomou, bendito seja o nome do Senhor”. Deus continua sendo o soberano e fiel apesar das nossas lutas e dificuldades. Que o Senhor nos guarde de passar o que Jó passou. Ananias, Misael e Asarias, não mudaram a adoração para uma imagem, apesar da ameaça de Nabucodonosor. Não se separaram do Senhor e o Senhor não se separou deles, mesmo na fornalha de fogo ardente, aquecida sete vezes. Daniel, mesmo ameaçado e sabendo do decreto do Rei, não desistiu de orar ao Senhor. Na cova dos leões, o Senhor estava lá com ele. Jeremias no calabouço não desistiu de ser profeta. Habacuque confessa: “Ainda que a figueira não floresça..., todavia em me alegrarei no Senhor...” (Hb.3.17).  Jesus no deserto, tentado no espírito, alma e corpo, não mudou sua adoração e nem a sua missão. Deus continuou com ele. “Chegaram os anjos e o serviram”. Esteve no inferno, de onde trouxe as chaves da morte e do inferno e não perdeu a sua condição de filho de Deus e de salvador do mundo.  Paulo esteve em angústias e no terceiro céu, passou necessidades e teve em abundância, esteve livre e preso, foi aplaudido e desprezado, foi compreendido e incompreendido, foi aceito e rejeitado, foi amado e odiado, nem lugar, nem tempo, o distanciou do Senhor e da sua missão. Ele tinha autoridade para escrever o que escreveu. Ele viveu o que escreveu.

As promessas de Deus se cumprirão. As promessas de Deus desafiam o tempo. “As promessas passam pelo teste do tempo”. As dificuldades não são maiores do que as promessas. O amor de Deus supera todos os desafios e desencontros. Os decretos de Deus são imutáveis. Torne imutável o seu amor a Ele. O Senhor não desiste do seu propósito de abençoá-los e usá-los. Assim seja e assim será!

Pr. Carlos Tolentino