sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

EQUIPE COORESPONSÁVEL, EQUIPE VENCEDORA

 

          “E acontecia que quando Moisés levantava a mão, Israel prevalecia; mas, quando ele abaixava a sua mão,  Amaleque prevalecia. Porém as mãos de Moisés eram pesadas; por isso tomaram uma pedra e a puseram debaixo dele, para assentar-se sobre ela;  e  Arão e Hur sustentaram as suas mãos, um de um lado, e o outro do outro; assim ficaram as suas mãos firmes até que o sol se pôs. E, assim, Josué desfez  a Amaleque e a seu povo a fio de espada...E Moisés edificou um altar e chamou o seu nome: O SENHOR é minha bandeira”.  (Êxodo 17:11-16).
           Esta batalha do povo de Israel contra os Amalequitas foi travada há mais de 3.400 anos, em Refidim, um vale rochoso na península do Sinai. Há entretanto um alerta no versículo dezesseis que “haverá guerra do Senhor contra Amaleque de geração em geração”.  
           Diante de tal certeza, resta-nos observarmos a estratégia do trabalho de equipe, dada por Deus para líderes e liderados vencermos todos os desafios. Vejamos Deus em primeiro lugar como “Jeová Nissi”, o Senhor é a nossa bandeira e mais Moisés, com as mãos levantadas, Josué na frente da batalha, e Arão e Hum sustentando as mãos de Moisés. Esta é realmente uma equipe cooresponsável, equipe vencedora.  
          Deus, apesar da sua soberania, sempre trabalhou em equipe. “Façamos o homem a nossa imagem e semelhança...”, “Desçamos e confundamos”. Elhoim é o seu nome, pluralizado. E outras expressões e atitudes que mostram a unidade e a cumplicidade de ação do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Observamos também a participação dos Anjos, Arcanjos, Querubins, Serafins.
          Deus fez os animais, aves dos céus, e ordenou ao homem que lhes desse nomes. Que exemplo!
          O homem foi instituído como participante desta maravilhosa equipe. Como diz o Apóstolo Paulo, “somos cooperadores de Deus”. Que privilégio!
          A união e concordância de uma família, a família de Noé, construíram uma arca de grandes dimensões em circunstâncias adversas.
         Todas as equipes que são cúmplices nos momentos difíceis, tornam-se fortes para vencer os obstáculos e compartilhar as vitórias.
         Foi à unidade dos seguidores de Josué que fez acontecer o impossível, a queda dos muros de Jericó.
         Na construção dos muros de Jerusalém o ombreamento com Neemias e Esdras foi o ponto alto, depois e um apelo veemente: “Disse eu aos nobres, aos magistrados e ao resto do povo: Grande e extensa é a obra, e nós estamos no muro mui separados, longe uns dos outros”.  Todos participaram, todos comemoraram e os inimigos foram vencidos. Na construção do templo em Jerusalém, e em outros momentos não foi diferente.


          No início da divulgação das Boas Novas, o princípio da participação continua. Jesus, ao falar da sua missão, não descarta a participação indispensável do Espírito Santo, quando disse: “O Espírito do Senhor Jeová é sobre mim, porque me ungiu...”.
          No anúncio do nascimento de Jesus, vemos também os anjos em ação, no grande e vitorioso projeto da Redenção. No batismo, aparecem os três, Jesus, o Pai e o Espírito Santo. Na tentação de Jesus, os anjos servindo-o. O homem não fica fora do programa, quando Jesus disse, “dessas coisas sois vós testemunhas...”
          Jesus forma uma equipe de 12 que, mesmo com a baixa de um (Judas), e manifestações de individualismo de outros (João e Tiago), incredulidade de outro(Tomé), a precipitação de outro(Pedro), no fim, eles conseguiram se entender e estarem juntos em Jerusalém no dia de pentecostes, cada um com pelo menos 10 discípulos, já que tinham uns 120. A partir dessa equipe, o evangelho se expandiu. O segredo de tudo foi o que está revelado em Atos, “e perseveravam, na doutrina dos Apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações...” , “...e acrescentava o Senhor aqueles que se haviam de salvar.”
          Somos todos necessários na missão para a qual fomos chamados.  Cada um cumprindo a sua parte, o todo será forte. Cada um cumprindo a sua missão, haverá continuidade. 
          A Igreja como corpo nos traz a ilustração precisa da interdependência de todas as partes. Se uma unha estiver bem, cumprindo o seu papel de unha, todo corpo será beneficiado. Isto vale para os demais membros do corpo. A Igreja como Edifício nos mostra que todas as partes não necessárias, alicerces, paredes, telhados, pintura, portas, janelas, cada uma compondo o todo.
          Esta interdependência, cooperação, cumplicidade, cooresponsabilidade em todas as ações são princípios divinos para todos os projetos. Nenhum projeto vencedor e permanente se baseia no personalismo e sim na participação de todos e a sua continuidade. Quando todos cumprem a sua função e missão, ninguém se “estressa” e a obra é feita. Foi assim com Moisés, obedecendo o conselho de Jetro seu sogro. (Ex. 18.12-27). Que assim seja conosco!
          Cada um cumprindo a sua parte em harmonia com as outras partes do corpo, o todo existirá, funcionará, a vitória chegará e prosseguirá. Será como uma grande orquestra com os sons harmonizados.
          Na união, unidade e cooresponsabilidade prosseguirão como parte da igreja de Cristo, vencendo Amaleque de geração em geração. Assim será conosco!
“...A fim de que todos sejam um...., para que o mundo creia que tu me enviaste.” (Jesus)
“Sozinhos vamos mais rápido, JUNTOS muito mais longe”.

Shalom!
São Cristóvão- Salvador-Ba., 06/01/2012
  Pr. Carlos  Tolentino

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