sexta-feira, 28 de outubro de 2011

“...SE ESTES SE CALAREM, AS PRÓPRIAS PEDRAS CLAMARÃO” (Jesus)

(Lc.19.38-40)

Para Jesus os discípulos estavam cumprindo uma missão ao aclamá-lo: “Bendito o Rei que vem em nome do Senhor!” “Paz no céu e glória nas alturas!”. Jesus não era de buscar aplausos, mas esperava que o Pai fosse glorificado e o seu nome reconhecido e anunciado como Salvador.

Se vocês não proclamarem o meu nome, as pedras clamarão, a natureza proclamará quem sou. João Batista já havia alertado da necessidade de produzi frutos, caso contrário, Deus podia suscitar filhos a Abraão das pedras. Assim o plano de Deus se cumpriria de qualquer maneira, pelo previsível ou imprevisível, pelo possível ou impossível. Se os discípulos não cumprissem o seu papel, outros cumpririam. Judas, que andou com Jesus não cumpriu seu papel, então o Senhor apareceu a Paulo que era inimigo e transformou-o em amigo e anunciador de Boas Novas, ao ponto de considerar-se devedor da mensagem de Cristo a todos.

No silêncio e distância dos discípulos e das mulheres por ocasião da morte e ressurreição o inusitado começou a acontecer, as pedras clamaram, o inanimado se manifestou, o inesperado aconteceu, o ladrão que estava à sua direita surpreendeu com um pedido a Jesus, a natureza protestou com trevas sobre a terra e terremoto, os anjos se movimentaram para remover a pedra do sepulcro, o véu do templo se rasgou e Jesus rompeu o silencio clamando: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito...”. Até o centurião deu glória a Deus e proclamou a justiça de Jesus e a multidão não ficou indiferente. Quem estava distante do Mestre, como José de Arimatéia, aproximou-se e pediu o corpo de Jesus para sepultá-lo.

Na ressurreição de Jesus episódios inesperados continuaram a acontecer, anjos removeram a pedra do sepulcro e falaram às mulheres que se tornaram pioneiras no anuncio da ressurreição de Jesus. (9) Tudo aconteceu de onde não se esperava.

Os planos de Deus se cumpriram e se cumprem. Quando faltou profeta, uma jumenta falou, quando faltou homem, uma criança derrubou o gigante, quando faltou peixe com os discípulos pescadores, surgiu um jovem com cinco pais e dois peixinhos para alimentar a multidão, quando as grandes igrejas se acomodaram dentro dos seus palácios e confortos, surgiram às igrejas pequenas interessadas em ganhar vidas para Jesus. Quando o pentecostalismo começou a envelhecer, começou um novo pentecostalismo, com seus pontos polêmicos, porém alcançando muitas vidas que não seriam alcançadas pelos tradicionais ou pelas chamadas igrejas históricas. Quando o louvor envelheceu, Deus inspirou servos e servas para levar à igreja a um cântico novo.

Produzir frutos e retê-los é a nossa missão. Se não fizermos, outros farão. Já sabemos o que fazer, façamos então. Não deixemos que as “pedras clamem”.

Só para lembrar, o plano de Deus é que o Cristo padecesse, ao terceiro dia ressuscitasse dos mortos, em seu nome se pregasse o arrependimento e remissão dos pecados em todas as nações, começando por Jerusalém. O pai, o filho e o Espírito Santo cumpriram e cumprem a sua parte. Façamos a nossa parte. Cumpramos a nossa missão!

Se não fizermos o que tem de se feito, outros o farão, e não temos direito de ficar com ciúmes, nem ter inveja e nem reclamar. Se estes se calarem, as pedras clamarão. Proclamemos às nações “Bendito é o rei que vem em nome do Senhor”. Trabalhemos enquanto é tempo!

Pr. Carlos Tolentino

Boletim /novembro/2011



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